Francisco Bolonha: a presença da arquitetura e do design nacional no espaço sagrado.


Mesmo sem fazer auto publicidade de seus trabalhos, Francisco Bolonha esteve presente nas principais publicações sobre arquitetura nacional e internacional, porém, o que nos chamará atenção neste grande arquiteto paraense (falecido em 2006) é, em particular, seus trabalhos para o Mosteiro de Nossa Senhora das Graças (MG), projeto este que se prolongou praticamente todo tempo de sua carreira e pelo qual o arquiteto tinha um grande apreço. O arquiteto desenhou além do prédio em si, todo mobiliário que compôe os vários ambientes do mosteiro, com um design que foge do clássico presente nos espaços tradicionais católicos. O mosteiro foi solicitado a Bolonha pelo então Abade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Inácio Accioly, filho do casal Olga e Hildebrando, para quem Bolonha projetava uma casa em Petrópolis. Com o passar dos anos, fortaleceu-se a amizade entre o arquiteto e o monge e muitos foram os trabalhos desenvolvidos por Bolonha para a Ordem Beneditina. Mais do que isto, a estreita convivência permitiu ao arquiteto aproximar-se de um estar no mundo muito especial, diverso do seu em relação à opção por uma vida laica e familiar, mas com o qual muito tinha em comum e cujos valores direcionavam-no com o passar do tempo para uma evidente interiorização e reserva de personalidade.


Além do mosteiro, com obras iniciadas em 1949, Bolonha trabalhou para a Ordem Beneditina também no projeto para o Edifício Diogo de Brito (1953-56), que representa sua primeira realização em edifícios comerciais verticais. Em 1984, também para os beneditinos, desenvolveu o projeto da Casa do Alto, um alojamento de finais de semana para os monges do Rio de Janeiro, no Alto da Boa Vista.

Abaixo, segue o link do artigo elaborado por Marcia Aparecida da Costa Poppe e Beatriz Santos de Oliveira, intitulado: Arquitetura do Sagrado em Francisco Bologna: O Mosteiro de Nossa Senhora das Graças em Belo Horizonte. Ambas do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROARQ) – FAU – UFRJ.
Para ler o artigo, clique aqui
Paz e Bem! =D