Francisco Bolonha: a presença da arquitetura e do design nacional no espaço sagrado.
"Francisco de Paula Lemos Bolonha foi um homem de elite. Aficionado por Marcel Proust, além das correspondências do escritor, leu sua obra completa sete vezes na língua original. Tinha em sua biblioteca autores como Fyodor Dostoyevsky, Lawrence Durrell, Otavio de Faria, Graciliano Ramos, Eça de Queirós e José Lins do Rego; poetas como João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade, além de filósofos como Jean-Paul Sartre, Søren Kierkegaard e Maurice Merleau-Ponty. Dos inúmeros livros de arte e de arquitetura, importa mencionar dois, de um conjunto de quatro, sobre a obra de Michelangelo: de autoria de Charles de Tolnay, foram presenteados a Bolonha no Natal de 1965 por Carlos Lacerda."
Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, mobiliário da Igreja dos Fiéis (Francisco Bolonha, 1999). Foto Marcia Poppe, 2003
Mesmo sem fazer auto publicidade de seus trabalhos, Francisco Bolonha esteve presente nas principais publicações sobre arquitetura nacional e internacional, porém, o que nos chamará atenção neste grande arquiteto paraense (falecido em 2006) é, em particular, seus trabalhos para o Mosteiro de Nossa Senhora das Graças (MG), projeto este que se prolongou praticamente todo tempo de sua carreira e pelo qual o arquiteto tinha um grande apreço. O arquiteto desenhou além do prédio em si, todo mobiliário que compôe os vários ambientes do mosteiro, com um design que foge do clássico presente nos espaços tradicionais católicos. O mosteiro foi solicitado a Bolonha pelo então Abade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Inácio Accioly, filho do casal Olga e Hildebrando, para quem Bolonha projetava uma casa em Petrópolis. Com o passar dos anos, fortaleceu-se a amizade entre o arquiteto e o monge e muitos foram os trabalhos desenvolvidos por Bolonha para a Ordem Beneditina. Mais do que isto, a estreita convivência permitiu ao arquiteto aproximar-se de um estar no mundo muito especial, diverso do seu em relação à opção por uma vida laica e familiar, mas com o qual muito tinha em comum e cujos valores direcionavam-no com o passar do tempo para uma evidente interiorização e reserva de personalidade.
Além do mosteiro, com obras iniciadas em 1949, Bolonha trabalhou para a Ordem Beneditina também no projeto para o Edifício Diogo de Brito (1953-56), que representa sua primeira realização em edifícios comerciais verticais. Em 1984, também para os beneditinos, desenvolveu o projeto da Casa do Alto, um alojamento de finais de semana para os monges do Rio de Janeiro, no Alto da Boa Vista.
Abaixo, segue o link do artigo elaborado por Marcia Aparecida da Costa Poppe e Beatriz Santos de Oliveira, intitulado: Arquitetura do Sagrado em Francisco Bologna: O Mosteiro de Nossa Senhora das Graças em Belo Horizonte. Ambas do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROARQ) – FAU – UFRJ.
Para ler o artigo, clique aqui
Paz e Bem! =D
Mesmo sem fazer auto publicidade de seus trabalhos, Francisco Bolonha esteve presente nas principais publicações sobre arquitetura nacional e internacional, porém, o que nos chamará atenção neste grande arquiteto paraense (falecido em 2006) é, em particular, seus trabalhos para o Mosteiro de Nossa Senhora das Graças (MG), projeto este que se prolongou praticamente todo tempo de sua carreira e pelo qual o arquiteto tinha um grande apreço. O arquiteto desenhou além do prédio em si, todo mobiliário que compôe os vários ambientes do mosteiro, com um design que foge do clássico presente nos espaços tradicionais católicos. O mosteiro foi solicitado a Bolonha pelo então Abade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Inácio Accioly, filho do casal Olga e Hildebrando, para quem Bolonha projetava uma casa em Petrópolis. Com o passar dos anos, fortaleceu-se a amizade entre o arquiteto e o monge e muitos foram os trabalhos desenvolvidos por Bolonha para a Ordem Beneditina. Mais do que isto, a estreita convivência permitiu ao arquiteto aproximar-se de um estar no mundo muito especial, diverso do seu em relação à opção por uma vida laica e familiar, mas com o qual muito tinha em comum e cujos valores direcionavam-no com o passar do tempo para uma evidente interiorização e reserva de personalidade.
Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, interior da Igreja dos Fiéis, Belo Horizonte, 1949-1999. Foto Marcia Poppe, 2003
Além do mosteiro, com obras iniciadas em 1949, Bolonha trabalhou para a Ordem Beneditina também no projeto para o Edifício Diogo de Brito (1953-56), que representa sua primeira realização em edifícios comerciais verticais. Em 1984, também para os beneditinos, desenvolveu o projeto da Casa do Alto, um alojamento de finais de semana para os monges do Rio de Janeiro, no Alto da Boa Vista.
Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, mobiliário da biblioteca (Francisco Bolonha, 1953). Foto Marcia Poppe, 2003
Abaixo, segue o link do artigo elaborado por Marcia Aparecida da Costa Poppe e Beatriz Santos de Oliveira, intitulado: Arquitetura do Sagrado em Francisco Bologna: O Mosteiro de Nossa Senhora das Graças em Belo Horizonte. Ambas do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROARQ) – FAU – UFRJ.
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Paz e Bem! =D